Proposta Pedagógica

  • Proposta Pedagógica

  • O Instituto Dom Nery, acredita que “a Educação Infantil é o início e o fundamento do processo educacional” (BNCC, 2018), acreditamos que a criança é capaz de constituir sua independência, desenvolver conhecimentos sobre si e o meio, suas potencialidades e limites. A proposta do Instituto Dom Nery, baseia-se nos princípios sociointeracionistas de Vygotsky e Piaget, onde o desenvolvimento humano se dá numa rede de relações e interações. O pensar produz conhecimento e a ação que produz conhecimento é a ação de resolver problemas. Aprendendo constantemente através de experiências e conhecimentos existentes, tendo como o aluno o sujeito da aprendizagem, ele é ser ativo que participa do processo escolar.

    O professor e demais colegas são os principais mediadores, o aluno aprende junto ao outro o que o seu grupo social produz, tal como: valores, linguagem e o próprio conhecimento. Procurando em consonância com a BNCC (2018), onde “a concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo.”

    Os campos de experiências: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Direcionam as abordagens que são necessárias desenvolver ou ampliar nos alunos.

    A efetivação da proposta curricular do instituto será constituída no cotidiano escolar, na organização e no planejamento de experiências que atribuam sentido para as demandas das crianças, valorizando saberes e conhecimentos prévios dos grupos e suas brincadeiras, relacionados aos repertórios culturais, simbólicos, imaginéticos e lógicos das crenças, culturas e ciências.

    Propondo aos alunos uma educação como experiência capaz de promover a descoberta, alimentando as explorações, as investigações e o questionamento sobre o mundo a construção de um sentido social para o mundo e um significado pessoal para a vida de cada uma dos envolvidos no processo educativo, sejam eles adultos, sejam crianças.

    Acontece na participação das crianças nos processos educacionais, que envolvam os momentos de cuidado físico, a hora de contar e ouvir histórias, as brincadeiras no pátio ou na sala, a hora de cantar e de garatujar, ou seja, ele está continuamente em ação. O professor observa e compreende, na ação, o pensamento se configurando, e ele não se restringe a transmitir uma informação, mas propõe desafiar a criança a continuar pensando.

    A partir das vivências dentro dos espaços institucionais como ambiente de sala, rodas, histórias, atividades coletivas e independentes, áreas externas, é possível adequar as necessidades para o desenvolvimento, vinculando com os campos de experiência da BNCC:

    • Corpo, gestos e movimentos.

    Foca em atividades e situações nas quais o uso do espaço com o corpo e variadas formas de movimentos são exploradas. A partir delas, o aluno pode construir referências de como ocupar o mundo. Situações que priorizam o faz de conta também integram esse campo. Por meio delas, as crianças podem representar o mundo da fantasia, bem como a vida cotidiana, ao interagirem com narrativas de teatro e literatura.

    Nesse ambiente, também é enfatizada a importância do contato, desde a infância, com diferentes linguagens artísticas e culturais — como a música e a dança —, pois elas são capazes de expandir as formas de expressão corporal.

     

    • Traços, sons, cores e formas.

    Prioriza o contato recorrente das crianças com variadas manifestações culturais, artísticas e científicas, agregando, também, o contato com as linguagens visuais e musicais. Nesse campo, os pequenos são incentivados a terem experiências de expressão corporal por meio da intensidade dos sons e ritmos melódicos, além de atividades com escuta ativa e criação de melodias.

    Nesse sentido, são trabalhadas a ampliação do repertório musical do aluno, o reconhecimento de suas preferências artísticas, o estudo de diferentes instrumentos e objetos sonoros, a habilidade de identificar a qualidade do som, a capacidade de improvisação e o contato com as festas populares.

     

    • Escuta, fala, pensamento e imaginação

    Enfatiza as atividades práticas com foco na linguagem oral, ampliando as formas de comunicação da criança em situações sociais. Fazem parte desse campo as experiências com cantigas, jogos cantados, brincadeiras de roda, conversas, entre outras.

    É importante destacar as experiências com leitura de histórias, pois elas favorecem, também, o desenvolvimento do comportamento leitor, da imaginação e da representação, além de incentivarem as crianças a se interessarem pela linguagem escrita.

    Englobam-se nas experiências gráficas, ainda, atividades que incentivam o uso cotidiano da escrita em contextos significativos, a imitação do ato de escrever em encenações e situações de faz de conta e a criação de atividades nas quais as crianças possam se desafiar a ler e escrever de maneira espontânea, com apoio dos docentes. A partir disso, é possível ajudá-las a organizar seus pensamentos sobre o sistema de escrita.

     

    • Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações

    Tem por objetivo favorecer a construção das noções de espaço em situações estáticas (perto X longe) e dinâmicas (para frente X para trás), colaborando para que a criança aprenda a reconhecer seu esquema corporal e sua percepção espacial a partir do seu corpo e dos objetos a seu alcance.

    Experiências no âmbito das relações de tempo também são abordadas nesse campo. Noções de tempo físico — a diferença entre o dia e a noite, as estações do ano e os ritmos biológicos (e cronológico) hoje, ontem, amanhã, semana que vem, no próximo ano —, bem como os fundamentos de ordem temporal — depois da escola, antes de dormir — e histórica — na época da Páscoa, quando fizemos aquela viagem.

    Finalmente, o campo agrega, ainda, a viabilização de situações que abarcam as transformações dos diferentes modos de viver em outras épocas e outras culturas, para que as crianças possam compreender a ideia de causalidade a partir dos variados tipos de materiais, situações e objetos.